domingo, 7 de abril de 2013

Família como projeto divino


                
                 No projeto original de Deus, sua percepção de que não era bom o homem estar só levou-o a formar a mulher, com o propósito de que esta viesse a ser sua companheira, sua ajudadora (Gn 2.18-25). Daí se originou os primeiros filhos. Estava formando o primeiro núcleo familiar no mundo, dentro dos padrões de Deus.
                A história da humanidade deixa claro que Deus se relaciona com a família visando bênçãos especiais. Cada família descrita na Bíblia recebe tratamento diferenciado. O projeto divino em abençoar a sua criação passa pela família organizada, monogâmica e indissolúvel onde cada componente exerce papel definido e tem alvos a serem alcançados.
           
  Não há como olhar a felicidade pessoal sem a inclusão da família. O salmista expressou esta verdade com veemência ao dizer: Deus faz que o solitário viva em família (SL 68:6); A mulher estéril habita em família, e se torna alegre mãe de filhos (SL 113:9). Não há solidão que resista o relacionamento familiar. Também não há esterilidade na vida em família. Como salvos, muitos de nós, temos encontrado no convívio da igreja a verdadeira família.
                A família que nasce em Deus é uma família voltada à satisfação do ser: “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18). Essa constatação, por si só, evidencia que Deus estava interessado no bem estar da sua criatura. Família, portanto, surgiu para trazer satisfação, complementação, ajuste, prazer, alegria, plenitude e todos os outros sentimentos inerentes à própria condição de ser família.
Ou seja, família é para ser benção segundo a intenção original de Deus. Ter uma família bem estabelecida, ajustada, onde reine a paz e o amor. Se não experimentar essa realidade por algum motivo circunstancial, devem lutar diante de Deus, corrigir seus erros (II Cr 7.14) e, arrependidos, procurar elevar a sua família à condição original para a qual Deus a estabeleceu.
                No plano divino, a família é formada por um (a) só parceiro (a), por isso Deus providenciou apenas uma companheira para Adão: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” (Gn 2:18) e recomendou que os lideres fossem maridos de uma só mulher: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar” (I Tm 3:2). Ele estabeleceu que o casamento fosse o lugar para procriação e que o casal teria essa tarefa de povoar a terra: “E Deus os abençoou e lhes disse: sedes fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que rasteja pela terra.
                Quando Deus trouxe Eva a Adão. Deu-lhe a capacidade de expressar em poesia o seu amor e admiração pela linda esposa que lhe era entregue. Aprendemos que o esposo tem que ser romântico embevecido ante aquela que lhe foi entregue como ajudadora.
               
Lares onde a poesia se faz presente no caminhar diário são saudáveis. Há equilíbrio no crescimento dos filhos, não há órfãos de pais vivos. Os desequilíbrios tão comuns na sociedade atual não encontram lugar na família romântica.
                A experiência do primeiro casal, antes de peca, diz que o mostra que o casamento aprovado por Deus é monogâmico e indissolúvel. A busca de crescente felicidade do conjugue não permite a presença de terceiros no relacionamento conjugal.
                A felicidade não é um compromisso apenas, mas um modus vivendir; uma questão de Caráter, onde o amor não permite qualquer pensamento de traição. Quem ama não trai. O amor se realiza no bem estar do objeto amado. A promiscuidade que denigre e destrói a família hodierna e não integra o projeto original divino para a sua criatura.
                Deus estabeleceu que o relacionamento entre marido e mulher fosse de submissão por parte dela: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido. Como ao Senhor” (Ef 5:22), e de amor por parte dele: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5:25). Ele definiu que os filhos são benções, heranças do Senhor: “ Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão” (SL 127:3) e que, por isso, os pais deveriam zelar por eles, aplicando disciplina se necessário,  com amor: “ E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”(Ef 6:4).
                Também definiu que os filhos fossem obedientes a seus pais: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é junto Hora a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra”(Ef 6:1-3) e que eles deveriam honrar, prometendo longevidade para aqueles que assim procedessem (Ex 20:12).
                Hoje, sabemos que se desfaz a família com maior facilidade, onde muitas das vezes os filhos se tornam como uma bola de ping pong, tragicamente jogados de um lado para o outro.
                Porém, a família é projeto de Deus! De Genesis a Apocalipse, literalmente, a Bíblia mostra a importância da família, levanta a bandeira e luta por ela. Como cristão, reconhecemos que as pessoas erram e frustram este projeto de Deus. Mas insistimos que ela continue como norte e ideal para sociedade humana. Sabemos, enfim, que a família é projeto de Deus para mim e para você.


                 

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