No projeto original de Deus, sua
percepção de que não era bom o homem estar só levou-o a formar a mulher, com o
propósito de que esta viesse a ser sua companheira, sua ajudadora (Gn 2.18-25).
Daí se originou os primeiros filhos. Estava formando o primeiro núcleo familiar
no mundo, dentro dos padrões de Deus.
A
história da humanidade deixa claro que Deus se relaciona com a família visando bênçãos
especiais. Cada família descrita na Bíblia recebe tratamento diferenciado. O projeto
divino em abençoar a sua criação passa pela família organizada, monogâmica e indissolúvel
onde cada componente exerce papel definido e tem alvos a serem alcançados.
Não há
como olhar a felicidade pessoal sem a inclusão da família. O salmista expressou
esta verdade com veemência ao dizer: Deus
faz que o solitário viva em família (SL 68:6); A mulher estéril habita em família,
e se torna alegre mãe de filhos (SL 113:9). Não há solidão que resista o relacionamento
familiar. Também não há esterilidade na vida em família. Como salvos, muitos de
nós, temos encontrado no convívio da igreja a verdadeira família.
A
família que nasce em Deus é uma família voltada à satisfação do ser: “não é bom
que o homem esteja só” (Gn 2:18). Essa constatação, por si só, evidencia que
Deus estava interessado no bem estar da sua criatura. Família, portanto, surgiu
para trazer satisfação, complementação, ajuste, prazer, alegria, plenitude e
todos os outros sentimentos inerentes à própria condição de ser família.
Ou seja, família é para ser
benção segundo a intenção original de Deus. Ter uma família bem estabelecida, ajustada,
onde reine a paz e o amor. Se não experimentar essa realidade por algum motivo circunstancial,
devem lutar diante de Deus, corrigir seus erros (II Cr 7.14) e, arrependidos,
procurar elevar a sua família à condição original para a qual Deus a
estabeleceu.
No
plano divino, a família é formada por um (a) só parceiro (a), por isso Deus
providenciou apenas uma companheira para Adão: “Disse mais o Senhor Deus: Não é
bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” (Gn
2:18) e recomendou que os lideres fossem maridos de uma só mulher: “É necessário,
portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante,
sóbrio, modesto, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar” (I Tm 3:2). Ele
estabeleceu que o casamento fosse o lugar para procriação e que o casal teria
essa tarefa de povoar a terra: “E Deus os abençoou e lhes disse: sedes fecundos,
multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar,
sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que rasteja pela terra.
Quando
Deus trouxe Eva a Adão. Deu-lhe a capacidade de expressar em poesia o seu amor
e admiração pela linda esposa que lhe era entregue. Aprendemos que o esposo tem
que ser romântico embevecido ante aquela que lhe foi entregue como ajudadora.
A
experiência do primeiro casal, antes de peca, diz que o mostra que o casamento
aprovado por Deus é monogâmico e indissolúvel. A busca de crescente felicidade
do conjugue não permite a presença de terceiros no relacionamento conjugal.
A
felicidade não é um compromisso apenas, mas um modus vivendir; uma questão de Caráter, onde o amor não permite
qualquer pensamento de traição. Quem ama não trai. O amor se realiza no bem
estar do objeto amado. A promiscuidade que denigre e destrói a família hodierna
e não integra o projeto original divino para a sua criatura.
Deus
estabeleceu que o relacionamento entre marido e mulher fosse de submissão por
parte dela: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido. Como ao Senhor”
(Ef 5:22), e de amor por parte dele: “Maridos, amai vossa mulher, como também
Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5:25). Ele definiu
que os filhos são benções, heranças do Senhor: “ Herança do Senhor são os
filhos; o fruto do ventre, seu galardão” (SL 127:3) e que, por isso, os pais
deveriam zelar por eles, aplicando disciplina se necessário, com amor: “ E vós, pais, não provoqueis vossos
filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”(Ef 6:4).
Também
definiu que os filhos fossem obedientes a seus pais: “Filhos, obedecei a vossos
pais no Senhor, pois isto é junto Hora a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro
mandamento com promessa, para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a
terra”(Ef 6:1-3) e que eles deveriam honrar, prometendo longevidade para aqueles
que assim procedessem (Ex 20:12).
Hoje,
sabemos que se desfaz a família com maior facilidade, onde muitas das vezes os
filhos se tornam como uma bola de ping pong, tragicamente jogados de um lado
para o outro.
Porém,
a família é projeto de Deus! De Genesis a Apocalipse, literalmente, a Bíblia mostra
a importância da família, levanta a bandeira e luta por ela. Como cristão,
reconhecemos que as pessoas erram e frustram este projeto de Deus. Mas insistimos
que ela continue como norte e ideal para sociedade humana. Sabemos, enfim, que
a família é projeto de Deus para mim e para você.
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