quinta-feira, 16 de maio de 2013

Os Falsos Profetas


Acautelai-vos, porem, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devedores” (Mt 7.15).
Sempre houve no meio do povo de Deus impostores, que falavam falsamente em nome do Senhor, isto é, aquilo que o Eterno não falara, conduzindo o povo incauto ao erro. Este assunto é tão atual como o foi nos tempos de Jeremias (Jr 14.14; 23.25; 28.15) de Jesus (Mt 7.15) e dos apóstolos (At 13.6; 20:30; 2 Pe 2.1).
Na Bíblia, o termo profeta designa aquele que é chamado por Deus para transmitir a mensagem divina ao povo (Jr 1.5,9; Ez 2.1-7; Dt 18.18). Em outras palavras, os autênticos profetas são porta-vozes de Deus; o próprio Senhor os chama “meus profetas” (Sl 105.15). Sua responsabilidade é de grande peso (Ez 2.1-7), uma vez que eles são, na verdade, “homens de Deus”, conforme esta escrito onze vezes em I Reis 4. Estes Servos de Deus transmitem a Sua vontade e desígnios, além de desvendar o futuro segundo a inspiração segundo a inspiração do Espírito Santo. Todavia, a própria Palavra de Deus nos orienta que devemos nos acautelar dos falsos profetas (Mt 7.15).
A profecia, tanto no antigo como no Novo testamento, é primeiramente declarativa e, depois, preditiva. A profecia preditiva revela-nos o plano divino em relação a Israel, na Igreja, aos gentios e a plena chegada do reino de Deus. A maior parte das profecias, porém, é constituída de exortação, admoestação, encorajamento, promessa, divergência, julgamento, consolo. E no Novo testamento, a profecia é um meio divino de orientar, exortar e edificar a igreja como visto em (I Co 14.3,4).
O Profeta é um arauto da santidade de Deus; sua missão é exortar com unção os padrões da santidade divina para o povo. O seu espírito ferve com santo zelo para anunciar a santidade de Deus e de tudo o que é dele! O profeta de Deus faz os santos regozijarem-se no Senhor, mas também faz o ímpio estremecer e considerar o seu mau caminho (Atos 24.24,50).
A profecia é o principal dom espiritual porque edifica a congregação (I Co 14.4). No entanto devemos julgar a profecia na igreja e só depois ser acatada, a manifestação da profecia durante o culto deve ter limite. “Falem dois ou três profetas”(I Co 14.29). Isto é maior parte do tempo do culto tem de ser destinada à exposição da Palavra de Deus, porque sendo esta soberana jamais poderá ser substituída pelo dom de profecia.
Atualmente, observamos diversas pessoas correndo de igreja em igreja em busca de “profecias” e de “revelações”. Tais “crentes”, na verdade, querem respostas para seus problemas pessoais (2 TM 4.3). Como já vimos em I Coríntios 14.3, o propósitos divino da profecia é consolar, exortar e edificar. Qualquer profecia que fuja a este propósito não procede de Deus e jamais se cumprirá (Dt 18.22).
A profecia na igreja necessita ser julgada, mas quais os parâmetros para o seu julgamento? A resposta é a própria Palavra de Deus, que é nosso modelo áureo e referencia plena de fé; o guia da nossa vida, do nosso culto ao Senhor, e do nosso desempenho no seu trabalho (II Tm 3.16,17). Qualquer profecia na igreja que entre em conflito com os ensinamentos e doutrinas bíblicas não pode vir de Deus.
Os falsos mestres e profetas, como nos tempos de antigo Testamento, enganam o povo, porque são emissários do Diabo (Jo 8.44). Todavia, a Bíblia declara: “Nenhuma mentira vem da verdade”. O Crente fiel, que sempre ora aquilo que ouve com o que esta escrito na Escritura, a fim de comprovar a veracidade das profecias enunciadas na igreja.
Jesus Cristo nos adverte a respeito de falsos profetas que se infiltram no meio do povo de Deus, Apesar da aparência de piedade, não passam de agentes de Satanás; sua missão: corromper a fé dos salvos e destruir a unidade da Igreja. Muitos deles operam sinais e prodígios, mas tudo isto sob eficácia de Satanás (II Ts 2.9-10). Como identificá-los? Como saber se estão em nosso meio? A resposta é: conhecendo a Palavra de Deus e tendo o discernimento pelo Espírito Santo. Além disso, os seus frutos são uma irrefutável evidencia de sua mentira e falsidade (Gl 5.22,23). A árvore má não pode dar frutos bons (Mt 7.16-20).
Uma característica dos falsos mestres é ensinar o que as pessoas querem ouvir independentemente se estão erradas ou não (Jr 5.13;1 Rs 2212-14). Deus age de forma diferente para conosco. Ele fala não o que gostamos de ouvir, mas o que precisamos ouvir, e corrige-nos sempre quando estamos errados porque nos ama (Hb 12.4-13).
A crise mundial, o anseio por manter-se a salvo da miséria, incentivo da mídia por um consumismo cada vez mais exacerbado e as incertezas do amanhã, formam uma ambiente ideal para o surgimento de falsas doutrinas e profecias. O povo não se satisfaz com o que o Senhor garante aos seus filhos (Mt 6.25-33; Pv 30.8,9), mas deseja riquezas que, muitas vezes, são vistas como bênçãos divinas. A Bíblia adverte-nos contra essa busca insensata pelos bens e contra essa busca insensata pelos bens e contra os seus ensinos (I Tm 6.6-11).
Hoje muitos falsos profetas tentam afastar a igreja do seu alvo descrito nas Escrituras, mediante a pregação de um evangelho fácil, sem renúncia, sem compromisso, sem santidade; um evangelho que apregoa apenas o apego pelos bens materiais. Assim como um marketing
empresarial, tal evangelho emprega a mídia audiovisual com o objetivo de manipular as emoções do homem.
Deus sempre advertiu seus servos contra os falsos profetas. Portanto, devemos estar prevenidos contra todo e qualquer ensino ou profecia que não esteja em consonância com a Palavra de Deus, sabendo que o fim desses promotores de maldade, que intentam desviar o povo de Deus, é perecer em sua própria corrupção (II Pe 2.1-22).

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