Acautelai-vos, porem, dos falsos
profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos
devedores” (Mt 7.15).
Sempre houve no meio do povo de
Deus impostores, que falavam falsamente em nome do Senhor, isto é, aquilo que o
Eterno não falara, conduzindo o povo incauto ao erro. Este assunto é tão atual
como o foi nos tempos de Jeremias (Jr 14.14; 23.25; 28.15) de Jesus (Mt 7.15) e
dos apóstolos (At 13.6; 20:30; 2 Pe 2.1).
Na Bíblia, o termo profeta designa aquele que
é chamado por Deus para transmitir a mensagem divina ao povo (Jr 1.5,9; Ez
2.1-7; Dt 18.18). Em outras palavras, os autênticos profetas são porta-vozes de
Deus; o próprio Senhor os chama “meus profetas” (Sl 105.15). Sua
responsabilidade é de grande peso (Ez 2.1-7), uma vez que eles são, na verdade,
“homens de Deus”, conforme esta escrito onze vezes em I Reis 4. Estes Servos de
Deus transmitem a Sua vontade e desígnios, além de desvendar o futuro segundo a
inspiração segundo a inspiração do Espírito Santo. Todavia, a própria Palavra
de Deus nos orienta que devemos nos acautelar dos falsos profetas (Mt 7.15).
A profecia, tanto no antigo como
no Novo testamento, é primeiramente declarativa e, depois, preditiva. A
profecia preditiva revela-nos o plano divino em relação a Israel, na Igreja,
aos gentios e a plena chegada do reino de Deus. A maior parte das profecias,
porém, é constituída de exortação, admoestação, encorajamento, promessa,
divergência, julgamento, consolo. E no Novo testamento, a profecia é um meio
divino de orientar, exortar e edificar a igreja como visto em (I Co 14.3,4).
O Profeta é um arauto da
santidade de Deus; sua missão é exortar com unção os padrões da santidade
divina para o povo. O seu espírito ferve com santo zelo para anunciar a
santidade de Deus e de tudo o que é dele! O profeta de Deus faz os santos
regozijarem-se no Senhor, mas também faz o ímpio estremecer e considerar o seu
mau caminho (Atos 24.24,50).
A profecia é o principal dom
espiritual porque edifica a congregação (I Co 14.4). No entanto devemos julgar
a profecia na igreja e só depois ser acatada, a manifestação da profecia
durante o culto deve ter limite. “Falem dois ou três profetas”(I Co 14.29).
Isto é maior parte do tempo do culto tem de ser destinada à exposição da
Palavra de Deus, porque sendo esta soberana jamais poderá ser substituída pelo
dom de profecia.
Atualmente, observamos diversas
pessoas correndo de igreja em igreja em busca de “profecias” e de “revelações”.
Tais “crentes”, na verdade, querem respostas para seus problemas pessoais (2 TM
4.3). Como já vimos em I Coríntios 14.3, o propósitos divino da profecia é
consolar, exortar e edificar. Qualquer profecia que fuja a este propósito não
procede de Deus e jamais se cumprirá (Dt 18.22).
A profecia na igreja necessita
ser julgada, mas quais os parâmetros para o seu julgamento? A resposta é a
própria Palavra de Deus, que é nosso modelo áureo e referencia plena de fé; o
guia da nossa vida, do nosso culto ao Senhor, e do nosso desempenho no seu
trabalho (II Tm 3.16,17). Qualquer profecia na igreja que entre em conflito com
os ensinamentos e doutrinas bíblicas não pode vir de Deus.
Os falsos mestres e profetas,
como nos tempos de antigo Testamento, enganam o povo, porque são emissários do
Diabo (Jo 8.44). Todavia, a Bíblia declara: “Nenhuma mentira vem da verdade”. O
Crente fiel, que sempre ora aquilo que ouve com o que esta escrito na
Escritura, a fim de comprovar a veracidade das profecias enunciadas na igreja.
Jesus Cristo nos adverte a
respeito de falsos profetas que se infiltram no meio do povo de Deus, Apesar da
aparência de piedade, não passam de agentes de Satanás; sua missão: corromper a
fé dos salvos e destruir a unidade da Igreja. Muitos deles operam sinais e
prodígios, mas tudo isto sob eficácia de Satanás (II Ts 2.9-10). Como identificá-los?
Como saber se estão em nosso meio? A resposta é: conhecendo a Palavra de Deus e
tendo o discernimento pelo Espírito Santo. Além disso, os seus frutos são uma
irrefutável evidencia de sua mentira e falsidade (Gl 5.22,23). A árvore má não
pode dar frutos bons (Mt 7.16-20).
Uma característica dos falsos
mestres é ensinar o que as pessoas querem ouvir independentemente se estão
erradas ou não (Jr 5.13;1 Rs 2212-14). Deus age de forma diferente para
conosco. Ele fala não o que gostamos de ouvir, mas o que precisamos ouvir, e
corrige-nos sempre quando estamos errados porque nos ama (Hb 12.4-13).
A crise mundial, o anseio por
manter-se a salvo da miséria, incentivo da mídia por um consumismo cada vez
mais exacerbado e as incertezas do amanhã, formam uma ambiente ideal para o
surgimento de falsas doutrinas e profecias. O povo não se satisfaz com o que o
Senhor garante aos seus filhos (Mt 6.25-33; Pv 30.8,9), mas deseja riquezas
que, muitas vezes, são vistas como bênçãos divinas. A Bíblia adverte-nos contra
essa busca insensata pelos bens e contra essa busca insensata pelos bens e
contra os seus ensinos (I Tm 6.6-11).
Hoje muitos falsos profetas
tentam afastar a igreja do seu alvo descrito nas Escrituras, mediante a
pregação de um evangelho fácil, sem renúncia, sem compromisso, sem santidade;
um evangelho que apregoa apenas o apego pelos bens materiais. Assim como um
marketing
empresarial, tal evangelho emprega a mídia audiovisual com o objetivo
de manipular as emoções do homem.
Deus sempre advertiu seus servos
contra os falsos profetas. Portanto, devemos estar prevenidos contra todo e
qualquer ensino ou profecia que não esteja em consonância com a Palavra de
Deus, sabendo que o fim desses promotores de maldade, que intentam desviar o
povo de Deus, é perecer em sua própria corrupção (II Pe 2.1-22).
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